Bolsonaro agora recua de ataques ao STF
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O tom mais ameno do presidente Jair Bolsonaro em relação ao Supremo Tribunal Federal (STF), em transmissão ao vivo na noite de quinta-feira (30), aconteceu após forte reação dos ministro da Corte e do alerta feito por auxiliares do governo, inclusive da ala militar.
Bolsonaro disse que havia feito um “desabafo” que não ofendeu ninguém nem as instituições. Mais cedo na quinta, ele chegou a citar que a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de suspender a nomeação de Alexandre Ramagem para a PF tinha sido “política” e uma “canetada”.
Os ataques de Bolsonaro ao Supremo acabaram unindo ministros da Corte numa defesa não só da instituição como também do estado democrático de direito.
Outro revés sentido pelo núcleo mais próximo de Bolsonaro foi a decisão do ministro Celso de Mello, relator do inquérito sobre as denúncias de Sergio Moro contra Bolsonaro, de encurtar para 5 dias o prazo para ouvir o ex-ministro. O Planalto trabalhava com o alongamento do inquérito, até mesmo para o governo se fortalecer no Legislativo e criar uma base segura na Câmara junto ao Centrão. Está em curso negociação de cargos para que Bolsonaro tenha pelo menos 200 votos seguros na Câmara, base capaz de barrar uma eventual denúncia da procuradoria e um processo de impeachment.