Bolsonaro ataca Celso de Mello por divulgação de vídeo
Foto: Rafaela Felicciano – Metrópoles
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que o conteúdo da reunião ministerial do dia 22 de abril foi classificado como secreto e que a responsabilidade pelo o que foi dito sobre outros temas pelos ministros cabe a Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou sua divulgação.
Entre outras falas reveladas pela gravação, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, chamou ministros do STF de vagabundos e defendeu mandá-los para a prisão, enquanto a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, comunicou aos demais que seu ministério tomou a iniciativa de “pedir a prisão de alguns governadores”.
— O senhor Celso de Mello resolveu suspender o grau de sigilo secreto do vídeo e divulgou, pelo o que consta, 99% do vídeo. Apenas dois pedaços que falamos de política internacional não foi divulgado. O vídeo para nós estava classificado como secreto, quem suspendeu o sigilo do vídeo foi o senhor Celso de Mello, então a responsabilidade de tudo naquele vídeo que não tem a ver com o inquérito é do senhor ministro do STF, Celso de Mello. Nenhum ministro meu tem responsabilidade do que foi falado ali, foi uma reunião reservada de ministros, não foi reunião aberta. E essa sempre foi a nossa prática — afirmou Bolsonaro, na chegada ao Palácio da Alvorada.
Bolsonaro disse que divulgação do vídeo foi um “tiro na água”. Ele reforçou a posição de que nenhum trecho comprova a intenção de interferência dele na Polícia Federal (PF).
— Qual parte do vídeo contém a mínima comprovação que houve interferência minha na superintendência do rio ou de qualquer outro estado ou na diretoria-geral da Polícia Federal? Zero. Não tem nada, isso é um tiro na água.