Bolsonaro defende droga inútil
Foto: Reprodução/Olhar Digital
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou na manhã desta segunda-feira (11/5) que o ministro da Saúde, Nelson Teich, esteja demorando a apoiar o uso da hidroxicloroquina em pacientes com covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
“Não é verdade essa informação, porque está no protocolo. Tem estado que não está aceitando, está dificultando, outros não. Tem a cloroquina aqui nas farmácias em Brasília. Em alguns estados, não tem. Vamos tentar correr atrás (do) porquê não tem”, disse.
A fala foi proferida a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada. Um deles perguntou se havia uma demora por parte do ministro para endossar o uso do medicamento no tratamento de pacientes com a covid-19. Na semana passada, em visita a Manaus, o ministro Nelson Teich disse que nesta semana teria acesso a resultados preliminares de estudos brasileiros com hidroxicloroquina.
Em audiência no Senado Federal na última quarta-feira (29), o ministro já havia falado que a “cloroquina ainda é uma incerteza”. O uso do medicamento foi autorizado pelo Ministério da Saúde para pacientes graves e que estejam hospitalizados, em um protocolo que prevê cinco dias de tratamento. Segundo Teich, a pasta ainda não recomendou o uso do remédio fora do ambiente hospitalar.
Bolsonaro, nesta segunda, falou brevemente e de forma impaciente com os apoiadores, por apenas três ministros. Como acontece com frequência, apoiadores gravam vídeos do presidente e pedem que ele cumprimente as pessoas de suas cidades, ou de determinadas categorias. Dessa vez, uma pessoa pediu “um alô” a Ribeirão Preto, ao que Bolsonaro respondeu: “não vou dar alô para ninguém, desculpa aqui”.
Outra pessoa pediu um “alô” aos seguidores de um canal do YouTube, mas o presidente negou. Um apoiador foi interrompido pelo presidente, que disse já conhecer o seu pleito. Ao sair, foi aplaudido pelos presentes. Bolsonaro não se aproximou da área da imprensa nesta manhã.