Cidade chinesa proíbe venda e consumo de animais selvagens

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Foto: Artur Widak/NurPhoto/Getty Images

Primeiro epicentro da pandemia do novo coronavírus, a cidade de Wuhan, na China, decidiu banir por cinco anos o consumo de animais selvagens. Uma das principais suspeitas é de que o vírus surgiu em um mercado de frutos do mar da cidade que vende espécies exóticas.

O mercado está fechado desde o início da epidemia da Covid-19. No local, animais selvagens eram mantidos em cativeiro, abatidos e preparados na frente dos clientes.

O governo da cidade de 11 milhões de pessoas anunciou a proibição do consumo e também da criação e da venda de animais exóticos, definindo toda a região como um santuário da vida selvagem. As exceções são apenas para “pesquisa científica, regulação populacional, monitorização de doenças epidêmicas e outras circunstâncias especiais”, explicaram as autoridades.

Em fevereiro, a China já havia emitido restrições sobre a criação, o abate e o consumo de animais selvagens em todo o país, mas as medidas de Wuhan são ainda mais restritivas. Pequim, Shenzhen e Zhuhai também já tomaram decisões parecidas.

Várias províncias chinesas já implementaram um programa para compensar financeiramente os criadores de animais selvagens, de forma a conter a prática.

Os criadores destas espécies são apoiados na província de Hubei, onde se encontra a cidade de Wuhan, por meio de um programa de incentivos para garantir meios de subsistência alternativos, como a produção de chá ou de vegetais. Um programa de crédito também foi implantado para ajudar os que abandonam o setor e para travar o comércio de espécies com muita criação, como cobras, civetas ou ratos.

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