Doria propõe “quarentena inteligente” em vez de lockdown

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Foto: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse hoje que o estado não terá um lockdown neste momento. Em entrevista à GloboNews, o político tucano afastou a possibilidade imediata da medida mais rígida no combate à covid-19 e confirmou uma “quarentena inteligente” a partir de junho.

“Neste momento, tenho que ser sincero. Neste momento não há perspectiva de lockdown imediato. Neste momento, não vamos decretar em nenhuma cidade. Mas o olhar é diário, temos o sistema de monitoramento inteligente”, disse. “Nós teremos uma nova quarentena. Não é imaginável que possamos não ter uma nova quarentena a partir de 1º de junho, mas será uma quarentena inteligente. Ela vai levar em conta toda a regionalização de São Paulo, no interior, capital, região metropolitana, litoral. A decisão não será homogênea. Até agora foi porque precisava ser. Agora, podemos fazer heterogênea, seguindo orientação do comitê de saúde. Áreas que definam flexibilização cuidadosa e em etapas, será levado em consideração. Onde não puder, não será.”

O governador afirmou que o plano será explicado de forma detalhada nesta quarta-feira (27) em uma entrevista coletiva.

Apesar de negar a implementação de uma medida mais rígida, Doria afirmou que isso não quer dizer que o governo não possa adotar medidas “adicionais” em locais que apresentam baixo índice de isolamento social e que estão com leitos de UTI com alta taxa de ocupação.

“Neste exato momento, hoje, não temos perspectiva de amanhã decretar lockdown, o que não implica que não venhamos a recomendar medidas adicionais em lugares onde há necessidade de melhorar o índice e reduzir os índices de leitos de UTI. O que fazemos é uma quarentena inteligente, que é feito com tecnologia e informações”, afirmou.

‘Não há divergência com Bruno Covas’
Doria também disse que não há qualquer divergência entre ele e o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), em relação ao enfrentamento ao novo coronavírus.

“Não há divergência entre o prefeito e eu. A relação com o Bruno Covas e sua equipe é a melhor possível desde o início da quarentena. Nenhuma decisão será tomada sem harmonia. Não há divergências, há análises, informações. Ouvimos e sabemos ouvir todas as opiniões. As reuniões aqui são construtivas. Sempre fizemos reuniões sem palavrões, ofensas, discussões e sem bater a mão na mesa. Isso não há em São Paulo”, afirmou.

Uol