Imprensa estrangeira recomenda distância do Brasil
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Ao destacar o avanço da pandemia na América Latina (abaixo), o New York Times enfatizou que o Brasil tem “uma das maiores quantidades de mortos do mundo, mas o presidente continua a dar de ombros para a responsabilidade”, citando a frase célebre: “So what?”.
Outro enunciado de terça, em despacho da Reuters reproduzido também no NYT, foi “Bolsonaro diz que não está preocupado com investigações”. Isso quando a notícia já se tornava, também via NYT, “Em vídeo, Bolsonaro menciona razões de família para trocar chefe da polícia no Rio”.
A Bloomberg disparou o alarme para o mercado financeiro na reportagem “Uma casa em chamas: Alertas sobre o Brasil pioram com crise”, listando dos confrontos com governadores à nova queda em pesquisa —e os relatos sobre o vídeo da reunião.
Ressaltou “um dos veredictos mais severos”, divulgado pela Gavekal Research, de Hong Kong, que vê o país “em chamas” e aconselha:
“No momento, é melhor deixar o Brasil para os especialistas, os loucos, os oportunistas de longo prazo e aqueles que não têm opção.”
“Multiplicam-se os desafios no Brasil e fãs de Bolsonaro conclamam à tomada militar”, destacou chamada na home page do Washington Post, com foto de cartaz com os dizeres “Queremos as Forças Armadas no poder” (acima).
Segundo a reportagem, “o espectro das Forças Armadas é maior na vida pública do que em qualquer outro momento desde a queda da ditadura militar em 1985”.
Jornais indianos e outros noticiam a conferência em vídeo do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, com os ministros do exterior de Brasil, Ernesto Araújo, Israel, Índia, Japão e Austrália.
Segundo o porta-voz do Departamento de Estado americano, “Pompeo e seus colegas discutiram a importância de transparência e de prestação de contas no combate à Covid-19”. EUA, Austrália e Japão vêm responsabilizando a China pela pandemia.
REFERÊNCIAS
A Jewish Telegraphic Agency noticiou a nova controvérsia no Brasil, agora envolvendo slogan que remete a Auschwitz.
Reproduziu declarações à BBC do “líder espiritual da maior congregação da América Latina”, Michel Schlesinger, sobre as diversas “referências do atual governo ao regime nazista”.