Imprensa israelense critica Bolsonaro duramente
Foto: ADRIANO MACHADO / REUTERS
No final de abril, o chanceler Ernesto Araújo escreveu em seu blog sobre o que chamou de comunavírus: “A pretexto da pandemia, o novo comunismo trata de construir um estado de exceção global, transformando o mundo num grande campo de concentração”.
O Times of Israel publicou a reportagem “Ministro brasileiro compara distanciamento social a campos de concentração” e, dias depois, Araújo enviou uma carta: “Eu nunca comparei distanciamento a campos de concentração”.
O jornal publicou, mas manteve o título. Dias depois, também no Times de Jerusalém, “Judeus brasileiros criticam as bandeiras israelenses em protestos ‘antidemocráticos’”.
Cita Conib (Confederação Israelita do Brasil), Judeus pela Democracia e Instituto Brasil Israel. Por outro lado, o embaixador Yossi Shelley “compartilhou post em mídia social que apoiava os manifestantes pró-Bolsonaro”.
O noticiário prosseguiu com despacho da Jewish Telegraphic Agency, de Nova York, reproduzida por jornais como Haaretz, de Tel Aviv, com o título “Presidente do Brasil fala ao lado de bandeira israelense em manifestação contra a suprema corte, confundindo e irritando judeus”, com vídeo:
A Bloomberg noticiou que o pedido de entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), “o clube dos países ricos”, antes defendida por Donald Trump, está “sob escrutínio”. A questão é saber “até que ponto são livres para trabalhar” a Polícia Federal e o Ministério Público, sob Bolsonaro.
Jornais como o Ámbito Financiero, da Argentina, país que tinha até então a preferência dos EUA, destacam que “Periga a candidatura do Brasil à OCDE”.