Los Angeles prevê quarentena até julho
Foto: Frederic J. BROWN/AFP
A prefeitura de Los Angeles, nos Estados Unidos, anunciou na terça-feira 12 que o confinamento na cidade pode se estender até o final de julho. A decisão pode ser revertida se o número de casos de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, cair drasticamente ou se uma vacina ou um tratamento forem encontrados.
Barbara Ferrer, diretora do departamento de Saúde Pública, fez a projeção durante uma reunião com a Junta de Supervisores, máxima autoridade do condado. Ferrer disse que o fechamento do condado será mantido de alguma forma “durante os próximos três meses”, a menos que ocorra uma “mudança drástica” no combate ao vírus.
Ela advertiu, ainda, que se forem suspensas as restrições rápido demais o número de mortes pode aumentar e obrigar a endurecê-las novamente.
“Literalmente, metade dos casos e metade das mortes (no estado) estão ocorrendo no condado de Los Angeles agora mesmo”. A cidade registra 32.258 casos positivos e 1.569 mortos, dos 68.000 infectados e quase 2.800 falecimentos na Califórnia.
Ferrer não deu detalhes sobre quais restrições poderiam permanecer até julho, embora já tenham sido suspensas algumas que vigoravam, como por exemplo proibição de realização de trilhas e fechamento de parques e campos de golfe. Algumas lojas não essenciais também começaram a operar parcialmente.
A Califórnia começou a relaxar as restrições impostas em março para deter a pandemia. Seu governador, Gavin Newsom, informou, no entanto, que os condados terão a última palavra sobre as medidas para mitigar o vírus.
O prefeito de Los Angeles, Eric Garcetti, entretanto, disse que a fala de Ferrer não deve ser vista como uma previsão de que todos os moradores terão que permanecer trancados em casa durante o verão.
“Acho que simplesmente (ela) está dizendo que não vamos reabrir completamente Los Angeles – como provavelmente o restante dos Estados Unidos – sem nenhuma proteção ou alguma ordem de saúde nos próximos três meses”, disse à emissora CNN.
Com 1,3 milhões de casos e 82.389 mortos, os Estados Unidos são o país mais atingido pela pandemia de Covid-19. No mundo, a doença infectou 4,2 milhões de pessoas e matou 292.619, segundo levantamento em tempo real da Universidade Johns Hopkins.