PGR diz que Bolsonaro queria proteger amigos e familiares
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Em depoimento do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, na última terça-feira (12/5), a Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou que o presidente Jair Bolsonaro falou em proteger seus familiares e amigos em vídeo de reunião ministerial no último dia 22. Além disso, para a procuradoria, o presidente se referia ao superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro ao falar no assunto.
“Perguntado sobre uma fala do presidente no vídeo da reunião do dia 22, exibido nesta data por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), que, no entender da PGR, se referia ao Superintende (sic) do Rio de Janeiro, em que o presidente fala em proteger seus familiares e amigos, e perguntado quem são esses familiares e amigos, o depoente respondeu que precisaria assistir ao vídeo para poder responder”, pontou.
Na última terça, o presidente afirmou que no vídeo ele fala sobre uma preocupação relativa a sua segurança. “Não tem nada demais. Estou tranquilíssimo”, disse. Questionado se havia falado algo relacionado aos seus filhos, afirmou que após ter sido esfaqueado durante a campanha eleitoral de 2018, se preocupou com a segurança de sua família, mas que nunca esteve preocupado com a PF.
O depoimento faz parte de inquérito do STF que investiga suposta interferência política na PF após acusações do ex-ministro Sérgio Moro. O vídeo foi na última terça (12) transmitido para o ex-juiz federal, advogados e procuradores na sede da PF em Brasília. Quando anunciou a demissão, em abril, Moro acusou o presidente de tentativas de interferência política na PF, sendo que a gota d’água seria a troca na direção da PF sem justificativa.