PT escolherá candidato em SP entre Tatto e Padilha
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A disputa dentro do PT para definir quem será o candidato à Prefeitura de São Paulo se afunilou e dos sete pré-candidatos, apenas dois devem ir até o fim do processo de escolha: o deputado federal e ex-ministro Alexandre Padilha e o ex-deputado e ex-secretário municipal Jilmar Tatto. Ontem, Padilha ganhou o apoio de três pré-candidatos, o vereador Eduardo Suplicy, o deputado federal Paulo Teixeira e o ex-vereador Nabil Bonduki. O deputado Carlos Zarattini retirará sua pré-candidatura, mas até ontem não havia definido se apoiará Padilha ou se ficará neutro. Hoje, Tatto deve receber o apoio da pré-candidata Kika da Silva, ativista do movimento negro.
O PT escolherá o candidato que disputará a prefeitura paulistana em um encontro virtual que começará amanhã e terminará no sábado. Estão aptos a votar 613 militantes e dirigentes petistas.
Ao anunciar ontem o apoio de três pré-candidatos, Padilha disse que, se for escolhido, pretende “agregar o campo de esquerda” para fazer frente aos “ataques autoritários” do presidente Jair Bolsonaro. “São Paulo vai ser barreira para qualquer tentativa de avanço autoritário. Vai ser uma cidadela.”
O vereador Eduardo Suplicy desistiu da pré-candidatura a prefeito e deve tentar um novo mandato na Câmara Municipal. Suplicy evitou criticar Tatto e disse ter escolhido Padilha porque o petista foi ex-ministro e ex-secretário municipal de saúde na gestão Fernando Haddad. Asim como Suplicy, Nabil Bonduki também disputará uma cadeira na Câmara Municipal, e afirmou que a candidatura de Padilha deve ser embrião de uma aliança que congregue outras forças de esquerda. O deputado federal Paulo Teixeira disse que o melhor nome para a disputa seria o do ex-prefeito Fernando Haddad, que não quer disputar um novo mandato. Teixeira defendeu uma chapa “anti-Bolsonaro” e contra o governador paulista, João Doria, e o prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas, ambos do PSDB.
Adversário de Padilha, Jilmar Tatto foi secretário nas gestões municipais de Haddad e de Marta Suplicy, tem força na base petista e influência na máquina partidária, mas enfrenta a resistência de dirigentes e lideranças do PT. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou costurar um acordo para evitar a disputa interna, mas não houve consenso, sobretudo em relação ao apoio a Tatto. O pré-candidato minimizou a resistência a seu nome. “Não há guerra dentro do PT. O clima é de paz”, disse Tatto.