Ramagem nega vazamento para Bolsonaro
Foto: Secom/Presidência da República
Em conversas com delegados nesta segunda (18), Alexandre Ramagem, diretor da Abin, se mostrou irritado em ver seu nome ligado ao caso do vazamento da operação Furna da Onça à família Bolsonaro e afirmou não ter relação com o evento. Internamente, policiais federais do Rio descartam a participação dele no episódio, por questão cronológica. Ramagem trabalhava em Brasília em 2018. Ele só começou a atuar na segurança do presidente no dia seguinte ao segundo turno das eleições.
Um levantamento informal feito por integrantes da PF chegou a três suspeitos pelo vazamento. A informação publicada no UOL pela jornalista Thaís Oyama, de que o policial era conhecido por um apelido, embasou os cruzamentos de dados. A partir disso, o filtro levou a três nomes.
A avaliação é a de que será difícil chegar à autoria do suposto vazamento. O caso veio à tona após entrevista do empresário Paulo Marinho à colunista Mônica Bergamo.
Demonstrando irritação nas ligações a colegas, Ramagem reafirmou que não conhecia o presidente e família até virar chefe de sua segurança, no dia 29 de outubro de 2018.
Segundo o relato que tem feito, ele estava no Rio para votar e teve de ir a um shopping comprar um terno para se apresentar na casa do já presidente eleito, após um desentendimento de Bolsonaro com a equipe da PF.
De acordo com entrevista de Marinho à Folha, Flávio Bolsonaro disse que soube com antecedência sobre a existência do nome de Fabrício Queiroz em investigações.
O aviso teria ocorrido entre o primeiro e o segundo turnos das eleições, por um delegado da Polícia Federal que era simpatizante da candidatura de Jair Bolsonaro.
Fabrício Queiroz foi exonerado no dia 15 de outubro de 2018 do cargo de assessor parlamentar que exercia no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa. A filha dele, Nathalia Melo de Queiroz, foi exonerada no mesmo dia 15 do cargo em comissão de secretário parlamentar no gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro.