Rio terá outro estudo inútil sobre hidroxicloroquina
Foto: Craig Lassig – 19.mar.2020/Reuters
Uma nova pesquisa sobre cloroquina vai incluir pacientes que estão sendo internados no hospital de campanha do Maracanã, no Rio de Janeiro. A ideia é que 440 doentes sejam incluídos na pesquisa.
Ela é coordenada pela Fiocruz e pela Fundação de Medicina Tropical. A previsão é que a metade dos pacientes, de gravidade moderada, receba o medicamento, e a outra metade, placebo.
O uso da hidroxicloroquina segue gerando polêmica: na segunda-feira (11), seguidores do presidente Jair Bolsonaro subiram no Twitter a hashtag “TeichLiberaCloroquina”, para pressionar o ministro da Saúde, Nelson Teich, a autorizar o uso generalizado do medicamento.
O próprio Bolsonaro voltou a fazer referência à droga.
Um novo e grande estudo publicado no The New England Journal of Medicine, um dos mais importantes periódicos científicos do mundo, mostrou que a hidroxicloroquina não teve eficácia para a redução de mortes ou para impedir a intubação do paciente no grupo avaliado.
Apesar de ser uma evidência importante da eventual pouca eficácia do medicamento, o estudo norte-americano tem limitações.
Os pacientes não foram divididos em grupos exatamente iguais nem foram escolhidos aleatoriamente para receber o medicamento —o que permitiria dizer com segurança que a única diferença entre os resultados observados seria de fato o tratamento com a hidroxicloroquina.