Vetado pelo STF, Ramagem vira “comendador”

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Foto: Carolina Antunes/PR

As Forças Armadas deram mais um sinal de alinhamento com o presidente Bolsonaro. O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, decidiu conceder uma das maiores honrarias militares ao diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem Rodrigues, ex-segurança e amigo do presidente da República.

O ministro admitiu Alexandre Ramagem, que é delegado da Polícia Federal, no quadro suplementar da Ordem do Mérito Naval, no grau de ‘Comendador’. Vários juízes federais e autoridades com histórico de serviços públicos prestados foram condecorados com uma honraria de menor grau hierárquico, o grau de ‘Oficial’.

Fernando Azevedo e Silva decidiu ontem enviar a portaria para publicação, concedendo a honraria a Ramagem, no mesmo dia em que o delegado foi prestar depoimento na Polícia Federal no inquérito do Supremo que apura a denúncia do ex-ministro da Justiça Sergio Moro de que o presidente Bolsonaro tentou interferir na PF, nomeando Ramagem para o posto de diretor-geral. A portaria foi redigida no dia 8 e saiu hoje no Diário Oficial da União.

Outras personalidades com relevantes serviços públicos prestados foram agraciadas com a mesma honraria de Ramagem, no grau de Comendador, como secretário da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, e o secretário Nacional de Aviação Civil, Ronei Saggioro Glanzmann.

A Ordem do Mérito Naval foi criada por decreto em 1934 e se destina a premiar os militares da Marinha que se tenham distinguido no exercício de sua profissão e, excepcionalmente, corporações militares e instituições civis, nacionais e estrangeiras, suas bandeiras ou estandartes, assim como personalidades civis e militares, brasileiras ou estrangeiras, que houverem prestado relevantes serviços à Marinha.

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