Weintraub baixa a bola sobre Enem

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Foto: Adriana Toffetti/A7 Press/Estadão Conteúdo

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou hoje a prorrogação do prazo para inscrições ao Enem 2020 (Exame Nacional do Ensino Médio) em cinco dias. Agora, o estudante pode confirmar o cadastro até às 23h59 (de Brasília) da próxima quarta-feira (27), e não mais até às 23h59 (de Brasília) de hoje.

“Decidimos prorrogar o prazo das inscrições do Enem até 23h59 de quarta-feira, 27 de maio. Os boletos da taxa da prova poderão ser pagos até 28/05. Os candidatos devem ficar atentos à confirmação da inscrição na Página do Participante”, escreveu.

O aumento do prazo vem na esteira do adiamento do Enem devido à pandemia do novo coronavírus, anunciado na última quarta-feira. A princípio, o ministério da Educação tinha mantido o prazo de inscrições, mas houve pressão pela prorrogação. O PSOL, por exemplo, entrou com uma ação na Justiça Federal de São Paulo para tentar garantir mais tempo aos estudantes.

Mais cedo, Weintraub confirmou que mais de 5 milhões de estudantes já tinham feito inscrições para o exame, sendo 4.926.368 para a versão impressa e 101.100 para a digital.

Na mensagem, o ministro ainda reafirmou que a data para a realização do exame será definida após consulta aos inscritos.

“Como já anunciei, os candidatos inscritos serão ouvidos, em junho, pela Página do Participante, do Inep. Eles, os interessados, vão escolher quando fazer a prova.

A decisão pela aplicação das provas do Enem em nova data se deu em meio à pressão da sociedade civil e do Congresso pelo adiamento do exame. Representa, ainda, uma derrota para o ministro da Educação, Abraham Weintraub, que vinha defendendo a manutenção do Enem em novembro.

O adiamento vinha sendo defendido por entidades estudantis, secretários de educação, reitores de instituições de ensino e especialistas da área da educação.

O principal argumento utilizado por eles é o de que nem todos os estudantes têm condições sociais e financeiras de manter os estudos durante a pandemia da covid-19, ou nem sequer têm acesso às ferramentas necessárias para o ensino a distância, como celular e computador com acesso à internet.

Uol