Weintraub recua de recuo e manterá Enem

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, sugeriu hoje no Twitter que o Enem seja adiado por 30 ou 60 dias.

“Diante dos recentes acontecimentos no Congresso e conversando com líderes do centro, sugiro que o Enem seja adiado de 30 a 60 dias. Peço que escutem os mais de 4 milhões de estudantes já inscritos para a escolha da nova data de aplicação do exame”, postou.

 

O Senado aprovou ontem um projeto de lei que adia a aplicação do Enem e de demais processos seletivos de acesso à educação superior, como vestibulares, devido à pandemia do novo coronavírus. O texto segue agora para votação no plenário da Câmara dos Deputados.

Até então, Weintraub vinha se manifestando pela manutenção da prova em novembro. No início do mês, ao falar sobre a paralisação das aulas e o ano letivo de 2020, o ministro declarou que manter a data do Enem “é uma pressão para os governadores se mexerem” e acusou “a esquerda” de agir para que o exame não acontecesse.

“Esse ano de novo começaram a falar que não vai ter Enem. Porque se você tira o Enem, pega um cara de 17, 18 anos, que está em casa, não tem emprego. Ou ele está estudando para o Enem ou é oficina do diabo. A gente tem que dar perspectiva. Se não tiver, você deixa esse jovem ser facilmente cooptado pelo crime ou pelos movimentos sociais organizados”, afirmou na ocasião.

Ontem, horas depois de anunciar uma pesquisa para alunos inscritos no exame opinarem sobre um possível adiamento, o ministro da Educação havia prometido que o resultado definiria se a prova seria ou não adiada.

Weintraub disse que, até então, 4,1 milhões de estudantes já se inscreveram para fazer a prova — as inscrições estão abertas desde 11 de maio e encerram na próxima sexta-feira (22). A previsão é que, até lá, 5 milhões de estudantes estejam inscritos.

Uol