Witzel processa bolsonaristas que o denunciaram

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Foto: Rogério Santana/Governo do RJ/Divulgação

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), processou o deputado estadual Anderson Moraes (PSL), aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Na ação distribuída na última sexta-feira, 8, Witzel diz ter sido vítima de calúnia, injúria e difamação por um vídeo do parlamentar bolsonarista divulgado nas redes sociais. Nele, Moraes acusa o governo fluminense de ocultar contratos com suspeita de superfaturamento na área da Saúde.

A postagem de Anderson Moraes foi publicada no dia 9 de abril. O deputado chegou a entrar com uma ação no Plantão Judiciário para que Wilson Witzel desse transparência a processos administrativos de contratações emergenciais sem licitação feitas no combate ao novo coronavírus. O Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), então, pediu que o governo se manifestasse sobre as contratações.

Na semana passada, o ex-subsecretário-executivo estadual de Saúde Gabriell Neves foi preso na Operação Mercadores do Caos, uma parceria do Ministério Público e da Polícia Civil. Ele é suspeito de integrar uma organização criminosa envolvida na compra de respiradores pelo governo do estado. Os equipamentos são considerados essenciais por causa da pandemia da Covid-19.

Procurado por VEJA, Anderson Moraes disse que ainda aguarda ser notificado para conhecer o teor do processo: “Ele (Wilson Witzel) deve estar incomodado com a série de denúncias. Mas vou continuar exercendo minha prerrogativa como parlamentar, que é fiscalizar. E não vou me calar”, afirmou o bolsonarista.

Assim como a família Bolsonaro, Anderson Moraes fez campanha para Witzel na eleição de 2018. O deputado virou oposicionista quando o presidente da República rompeu com o governador. De aliado, o deputado do PSL passou a ser pedra no sapato de Witzel na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), com apresentação de requerimentos contra o ex-juiz federal.

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