Autor da facada em Bolsonaro está isolado da família há 3 anos
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Quase dois anos sem contato com Adélio Bispo, um sobrinho do homem que atacou Bolsonaro com uma faca foi autorizado pela direção da Penitenciária Federal de Campo Grande a escrever um email de no máximo três linhas para o tio.
O atendente de pizzaria Jefferson Oliveira, que vive em Campinas, reclama, porém, que ainda não conseguiu se comunicar com o familiar por falta de apoio do advogado Zanone Júnior e da Defensoria Pública, que atualmente defende Adélio.
“Não sabemos nem o nome dos advogados que assumiram o caso”, diz Jefferson. “Estão agindo como se ele [Adélio] não tivesse família”.
O advogado Zanone Júnior se exime da culpa. “Não é dever do advogado [dar suporte à família]”, diz. “Agora sou só curador, acompanho o tratamento do doente. Acabou a emoção”. Em carta no ano passado, Adélio reclamou do advogado, que pouco via.
Durante todo o caso, Zanone esteve com Adélio apenas três vezes, em 20, 21 e 28 de setembro de 2018, mês da facada, segundo a PF.
Para o delegado que investigou o caso, Rodrigo Moraes, a escassez de contatos e a falta de suporte à família pelos advogados só reforça a tese inicial da PF, segundo a qual Zanone e seus sócios concordaram em pegar o caso para atrair publicidade. Zanone nega.