Banco mundial diz que Weintraub fica só até outubro
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O Banco Mundial informou por meio de nota que recebeu do governo brasileiro a indicação de Abraham Weintraub, ministro demissionário da Educação, para ocupar um cargo de diretor da instituição. O banco disse ainda que o nome de Weintraub terá que ser aprovado por um grupo de países e que o eventual mandato termina em outubro, quando uma nova indicação teria que ser feita.
A saída do ministro do governo foi anunciada nesta quinta-feira (18) em um vídeo, divulgado nas redes sociais, do qual participaram Weintraub e o presidente Jair Bolsonaro. Weintraub vinha se desgastando politicamente nas últimas semanas, após dirigir ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o Banco Mundial, a vaga para a qual o governo decidiu mandar Weintraub faz parte de um conselho de diretores, que abriga representantes dos países. O grupo específico que o Brasil integra reúne Colômbia, Filipinas, Equador, República Dominicana, Haiti, Panamá, Suriname e Trinidad e Tobago. Essas nações terão que aprovar a indicação de Weintraub.
“O Banco Mundial recebeu uma comunicação oficial das autoridades brasileiras que indica o Sr. Abraham Weintraub para Diretor Executivo representando o Brasil e demais países do seu grupo (constituency) no Conselho de Diretores Executivos do Grupo Banco Mundial”, afirmou o banco na nota.
“Se eleito pelo seu constituency, ele cumprirá o restante do atual mandato que termina em 31 de outubro de 2020, quando será necessária uma nova nomeação e nova eleição”, explicou o Banco Mundial.
A instituição reforçou que diretores-executivos não são funcionários do Banco Mundial, “mas representantes dos nossos 189 acionistas”.
De acordo com o blog da Ana Flor, o salário do cargo que Weintraub deverá ocupar é de US$ 250 mil ao ano (cerca de R$ 1,34 milhão, em valores de hoje). Ele terá que morar em Washington.