Bolsonaro já mudou de ideia sobre Weintraub
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A princípio, a indicação de Abraham Weintraub para cargo de diretor-executivo no Banco Mundial está garantida. A renovação do seu mandato, porém, a partir de outubro, pode não contar com o apoio do presidente Jair Bolsonaro.
Segundo interlocutores do presidente, Bolsonaro não gostou nem um pouco dos últimos movimentos do seu ex-ministro da Educação, que sempre contou com seu apoio e prestígio, mas agora perdeu pontos com ele. Por isso, o presidente já sinalizou que ainda vai estudar se vai renovar o mandato de Weintraub na instituição mundial a partir de outubro.
Dentro do Palácio do Planalto, a forma como Weintraub deixou o país, dando a aparência de uma “fuga”, criou constrangimentos. Ele viajou para os Estados Unidos ainda na condição de ministro, o que levantou críticas de que o governo teria dado “cobertura” para uma “saída sorrateira” dele do país.
Nesta terça-feira (23), o governo retificou a data de exoneração de Abraham Weintraub para o dia 19 de junho e não mais dia 20 de junho. Com isso, ele teria entrado nos EUA na condição de ex-ministro, o que pode levantar questionamentos se ele está de forma ilegal naquele país.
Nas palavras de outro assessor, além de ter sido um “constrangimento”, a saída “sorrateira” do ex-ministro da Educação expôs o presidente Bolsonaro a questionamentos, como o que está sendo feito pelo Tribunal de Contas da União.