Bolsonaro quer depor à PF por escrito
Foto: TV Brasil/Reprodução
O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro ainda não sabe se terá que prestar depoimento no inquérito que apura suposta interferência na Polícia Federal (PF) por escrito ou presencialmente.
Mendonça disse ainda que a expectativa é que o chefe do Executivo não precise se deslocar para falar com as autoridades.
“Esperamos que seja por escrito, conforme precedentes do STF quanto a Presidentes da República”, disse Mendonça à coluna.Em 2017, o ministro Luís Roberto Barroso autorizou que o então presidente Michel Temer prestasse depoimento à PF por escrito, no âmbito do inquérito aberto pela Corte para investigar o suposto favorecimento da empresa Rodrimar S/A por meio da edição do chamado Decreto dos Portos.
Agora, no caso de Bolsonaro, caberá ao decano do STF, ministro Celso de Mello, decidir a forma do depoimento.
O Código de Processo Penal prevê que, como testemunhas, algumas autoridades, incluindo o presidente, possam prestar depoimento por escrito e marcar data, hora e local. No entanto, não há uma legislação específica sobre o depoimento de autoridades investigadas.
Bolsonaro baixa o tom
Em uma das fases de “trégua” com o STF, Bolsonaro baixou o tom hoje ao discursar em evento ao lado do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, e tentou passar uma mensagem de união, “paz” e “tranquilidade”.