Bolsonaro quer usar caso Adélio como distração
Foto: Ricardo Moraes/Reuters
Contra a repercussao do caso Queiroz, apoiadores de Bolsonaro tentam virar os holofotes novamente para o caso Adélio – como ficou conhecido o episódio da facada em Bolsonaro, durante a campanha eleitoral de 2018.
Trata-se de uma difícil disputa de atenções. A prisão de Queiroz conseguiu, de uma só vez, levantar dúvidas entre apoiadores e alimentar o discurso de opositores, atraindo atenções até mesmo para a esquerda.
Enquanto isso, a defesa de Bolsonaro aguarda a escolha de um relator para o caso da facada no Supremo Tribunal Federal (STF). Após derrota na justiça de Minas Gerais, com arquivamento do caso, Bolsonaro recorreu à instância máxima da justiça.
O recurso teve entrada na segunda-feira (15) – antes de toda confusão da prisão Queiroz –, e o relator ainda não foi sorteado. Até então, o advogado Frederick Wasseff, dono da casa onde Queiroz foi localizado, era a principal voz sobre o caso Adélio.
Isso mudou em questão de horas, após a operação. Agora, apoiadores de Bolsonaro afirmam que, apesar de presença marcada em eventos até no Planalto, Wasseff não era formalmente advogado de Bolsonaro.
“Sou eu, junto com Karina (Kufa)”, afirmou à coluna da CNN, o advogado Antonio Pitombo. A defesa aposta na reabertura do caso, com base na análise da busca e apreensão do celular do advogado Adélio Bispo. “Há objetos apreendidos que podem levar a novas conclusões sobre o caso”, disse.