Fundador do partido de Bolsonaro é alvo da PF

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Foto: Reprodução

Um dos fundadores do Aliança pelo Brasil, partido do presidente Jair Bolsonoaro que está em fase de criação, o empresário Otávio Fakhoury é um dos 21 alvos de busca e apreensão da Polícia Federal nesta terça-feira (16/6). A operação é no âmbito do inquérito que investiga atos antidemocráticos, pedindo fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).Continua depois da publicidade

Fakhoury já havia sido alvo de busca e apreensão no final de maio, em investigação relativa ao inquérito das fake news. No último dia 4, em entrevista à CNN Brasil, o empresário disse que já financiou manifestações a favor do presidente Jair Bolsonaro. Em seu Twitter nesta terça-feira, ele escreveu: “(…) já colaborei para realização de manifestações pacíficas e ordeiras, em favor das pautas do governo, sempre patrióticas.”.

 

Além dele, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão contra 20 pessoas, dentre elas outras duas ligadas ao Aliança: o empresário Luis Felipe Belmonte, marido da deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF), e o publicitário Sérgio Lima. Belmonte é um dos principais articuladores do partido do presidente Jair Bolsonaro que está em processo de criação, o Aliança pelo Brasil.

Também foram alvos o deputado federal bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) e o blogueiro Allan dos Santos, que também foi alvo da operação no âmbito do inquérito das fake news. A operação foi feita em parceria com o Ministério Público Federal (MPF).

Os mandados foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). O inquérito do STF investiga a origem de recursos e a estrutura de financiamento de grupos que são suspeitos de organizarem os atos. A operação é mais uma fase das investigações que buscam provas sobre o financiamento e organização dos atos realizados nos últimos meses.

Segundo MPF, há indícios de que as 21 pessoas alvos da operação possuem envolvimento com a realização de manifestações que pediam fechamento do STF e do Congresso Nacional. Conforme o órgão, uma linha de apuração é de que os investigados teriam agido de forma articulada com agentes públicos que possuem foro privilegiado no STF “para financiar e promover atos que se enquadram em práticas tipificadas como crime pela Lei de Segurança Nacional (7.170/1983).”

Correio Braziliense