Interino da Saúde não quer recontar mortos
Foto: Erasmo Salomao/MS
Após um fim de semana de intensa pressão, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse ao presidente do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), Alberto Beltrame, que a proposta de fazer uma recontagem dos mortos pela covid-19 no País é “página virada”. O general mantém boa relação com gestores estaduais e fez questão de informar Beltrame. Um novo escrutínio dos dados, criticado por autoridades da área e, agora, descartado pelo ministro, foi sugestão do empresário Carlos Wizard, que assumiria uma secretaria na Saúde.
“Foi erro técnico e político. Essa confusão aconteceu desnecessariamente. Para arrumar uma curva, não precisa derrubar o site”, lamentou Beltrame.
Beltrame sugeriu nova forma de divulgação dos dados. É, basicamente, como o governo tem feito desde que mudou a contagem, mas sem omitir o histórico. Os óbitos ficam contabilizados no dia da morte, não da confirmação. Mas não se “perdem” na contagem.
Pela boa relação com Pazuello, a postura dos gestores tem sido a de não jogar fora o bebê com a água do banho. O diálogo é bom e o general resolve os problemas, dizem.
Partiu do advogado Walfrido Warde Júnior o pedido para Felipe Santa Cruz, presidente da OAB, acionar o STF contra a omissão de dados sobre a pandemia da covid-19 por parte do governo federal.
Campeã olímpica, Rafaela Silva se juntou à campanha pelo projeto que institui auxílio a atletas. O texto é de autoria do deputado Felipe Carreras (PSB-PE).
O Tribunal de Contas da União (TCU) analisará amanhã a representação do senador Fabiano Contarato (Rede-ES) sobre os gastos sigilosos no cartão corporativo de Jair Bolsonaro. A ação foi protocolada com base em reportagens do Estadão.
A expectativa é por recomendação para ampliar a transparência. Os indícios: 1) o relator, Vital do Rêgo, submeteu a ação ao plenário; 2) decisão recente pela transparência no caso dos militares que receberam auxílio emergencial indevidamente.