Quem pagou os advogados de Queiroz?
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A Operação Anjo, que prendeu Fabrício Queiroz, traz alguns caminhos para explicar como o ex-assessor de Flávio Bolsonaro bancou seu tratamento no Albert Einstein, mas ainda não deu pistas sobre como ele pagou sua defesa desde que virou alvo do Ministério Público do Rio. Essa é uma das dúvidas que pairam sobre as fontes de renda de Queiroz e chama a atenção de autoridades que estão no caso. Por envolver advogados, no entanto, a investigação divide o mundo jurídico.
A principal questão é que a Constituição assegura a inviolabilidade do advogado.
Como Queiroz foi encontrado na casa do advogado da família Bolsonaro (Frederick Wassef), investigadores também buscam saber qual a relação que existia entre eles, se Wassef bancava seus custos e por quais motivos. Além da questão da origem dos recursos, importa saber a razão dos contatos, para afastar ou perseguir a suspeita de obstrução de Justiça.
Desde o início do inquérito, Queiroz constituiu dois renomados advogados, Paulo Klein, primeiro, e agora Paulo Catta Preta, que defendeu o ex-PM Adriano da Nóbrega, morto em uma operação policial em fevereiro.
O sigilo profissional na relação entre defensor e cliente é o principal tema da investigação da facada contra Bolsonaro. No ano passado, o presidente foi ao Twitter para pressionar o TRF-1 a permitir a perícia de celulares do advogado de Adélio Bispo.