Rede também pede afastamento de racista da Palmares
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A Rede Sustentabilidade entrou com pedido de afastamento de Sérgio Camargo da presidência da Fundação Palmares nesta quinta-feira, através de um mandado de segurança coletivo no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A ação pede ainda uma medida liminar para destituir o jornalista definitivamente do cargo.
A petição destaca que apesar de agir e se manifestar “claramente contra a finalidade da instituição que dirige”, Camargo segue no comando da Fundação Palmares. O texto diz ainda que suas declarações contrárias aos valores do órgão ocorrem de forma “pensada e deliberada” para esvaziar a missão da entidade.
“Chega a ser vergonhoso que se coloque uma pessoa com ideais contrários às finalidades da Fundação para comandá-la. É patente que atenta contra o comando constitucional de defesa do patrimônio cultural brasileiro, bem como atenta contra a moralidade, na medida em que desvirtua por completo a discricionariedade de nomeação de cargos em comissão”, diz um trecho do pedido da Rede.
Nos fatos usados para embasar o pedido o partido usou o áudio gravado em uma reunião em abril e revelado pelo jornal “O Estado de S.Paulo”, em que Camargo classifica o movimento negro como “escória maldita”. Na gravação, ele afirma ainda que a Defensoria Pública da União (DPU) é um órgão “miserável” e “totalmente aparelhado” e ataca uma mãe de santo e religiões de matriz africana.
A petição diz ainda que com a a manutenção do exercício do cargo por Sérgio Camargo as violações e prejuízos continuarão ocorrendo, sendo necessária a intervenção do Poder Judiciário para preserver a instituição.
Ontem, a DPU entrou com pedido de urgência também no STJ para afastar o presidente da Fundação Palmares. Além disso, parlamentares protocolaram na Câmara dos Deputados, um pedido para que o Ministério Público Federal (MPF) instaure inquérito para investigar a fala do jornalista.