Shoppings de SP prometem milagre de impedir contágios
Foto: brMalls
A reabertura dos shoppings da cidade de São Paulo nesta quinta (11) ocorre após longo embate do setor e um período de 83 dias fechados por conta da quarentena imposta na tentativa de conter o avanço do coronavírus.
A capital paulista concentra cerca de 10% dos empreendimento comerciais do país. Embora a demora da flexibilização paulista tenha sido criticada por muitos empresários, a experiência em outras cidades foi de grande aprendizado para o setor. ”
Os shoppings já estão em funcionamento em capitais como Brasília, Porto Alegre, Manaus e Curitiba. No Rio de Janeiro,a reabertura também ocorre nesta quinta.
Thiago Alonso, CEO da JHSF, do shopping Cidade Jardim, diz que o empreendimento da capital é o último do grupo a abrir as portas. “Já existe uma experiência do ponto de vista da implantação de protocolos sanitários e de higiene que tem funcionado bastante bem em outras localidades”, afirma o executivo.
O grupo, que é dono de grandes empreendimentos de luxo, já reabriu os shoppings Catarina Fashion Outlet, em São Roque (SP), e Ponta Negra, em Manaus. Alonso diz que o processo tem sido respeitoso por parte dos frequentadores.
“A grande maioria está muito bem informada. Eles entendem os procedimentos, como passar por testagem de temperatura, esterilização de sola de sapato e distanciamento. Ninguém está indo despreparado”, afirma Alonso.
Segundo ele, os protocolos já fazem parte da rotina das pessoas. “As pessoas estão indo com máscara, usando álcool gel. Seguir protocolos tem relação com o comportamento dos indivíduos, que já estão evitando aglomerações em supermercados, farmácias, agências bancárias.”
A vivência prévia em outras localidades também serviu para dimensionar o movimento que pode ser esperado. “As pessoas estão com medo ainda. Identificamos que, acompanhando o comportamento dos clientes, que o tempo de permanência, que antes era em torno de 70 minutos, agora, caiu para cerca de 29 minutos”, diz Vander Giordano, vice-presidente institucional da Multiplan.
A Multiplan, dos shoppings Morumbi, Vila Olímpia e Anália Franco, já abriu sete empreendimentos.
Embora a abertura seja encarada com otimismo, algumas das exigências feitas pelos governantes de São Paulo não agradaram a todos os donos dos empreendimentos comerciais.
Dois pontos foram especialmente criticados pelos proprietários: o limites de circulação de pessoas, que se restringe a 20% da capacidade do shopping, e o tempo de operação, que deve ser limitada a quatro horas por dia.