Apoiador médio de Bolsonaro tem baixa instrução e renda zero
Foto: Evaristo Sá/AFP
O apoio ao presidente Jair Bolsonaro é maior entre os homens, sem renda fixa e com baixa escolaridade. É o que aponta a pesquisa do instituto DataPoder, do portal Poder 360. De acordo com os números, a avaliação geral do governo do presidente melhorou levemente, apoiada principalmente por esses extratos da população.
De acordo com o Poder 360, 46% dos brasileiros desaprovam Bolsonaro, enquanto 43% aprovam. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Quando são olhados os diversos grupos que compõem a sociedade, no recorte econômico, a única faixa que registra aprovação maior que a desaprovação é a daqueles que não possuem renda. Nesse grupo, são 48% os eleitores que aprovam o presidente e 39% os que desaprovam. Essa faixa é a mais impactada pelo auxílio emergencial fornecido pelo governo em meio à pandemia do novo coronavírus.
Nas demais faixas salariais, a desaprovação supera a aprovação: 50% a 42% na faixa até dois salários mínimos; 56% a 39% entre dois e cinco salários mínimos; 56% a 40% entre cinco e 10 salários mínimos e 61% a 37% na faixa de mais de 10 salários mínimos.
No recorte da escolaridade, Bolsonaro tem mais aprovação entre aqueels que só possuem ensino fundamental. Entre esses, 48% aprovam o presidente e 42% reprovam. Na faixa do ensino médio, a aprovação é de 45% e a reprovação é de 42%. Entre os que possuem ensino superior, 68% rejeitam Bolsonaro e apenas 28% aprovam.
A pesquisa também indica que os homens avaliam melhor o presidente do que as mulheres. Entre eles, 49% aprovam Bolsonaro, enquanto 42% reprovam. No eleitorado feminino, a reprovação é de 51% e a aprovação é de 37%.
Entre as regiões, as maiores desaprovações de Bolsonaro se dão no Nordeste (54% desaprovam e 38% aprovam) e no Sudeste (51% desaprovam e 42% aprovam). As melhores avaliações se dão no Norte (53% aprovam e 38% desaprovam) e Centro-Oeste (49% aprovam e 30% desaprovam).
A pesquisa foi realizada entre os dias 20 a 22 de julho, por telefone. Foram feitas 2.500 entrevistas em 560 municípios em todos os Estados do Brasil.