Bolsonaro culpou imprensa por usar nome falso em exames

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Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

O Palácio do Planalto alegou “especulações” da imprensa nacional e internacional para usar codinomes na primeira leva de exames de Jair Bolsonaro para Covid-19, em março.

Um ofício de 7 de maio, no qual o comandante logístico do Hospital das Forças Armadas (HFA) enviou os resultados dos exames ao Planalto, cita “recentes manifestações e especulações por parte da imprensa local e nacional acerca do estado de saúde do sr presidente da República” como motivo para impor sigilo ao material.

O documento foi obtido pela Lei de Acesso à Informação, após decisão da Controladoria-Geral da União.

A Presidência negou prestar as informações por duas vezes.

O exame foi feito em 17 de março, com “medidas de proteção aptas a salvaguardar os dados pessoais” de Bolsonaro — o uso de nomes fictícios e “Paciente 5”.

Na véspera, Bolsonaro havia dito que o coronavírus “não é isso tudo que dizem”.

Ao contrário do que pregava o presidente, o Planalto e o HFA registraram o “surto” da doença e a “emergência de saúde pública de importância internacional”, também como justificativas para o sigilo dos documentos.

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