Internautas debocham de Bolsonaro levantando caixa de cloroquina

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Foto: Reprodução

O presidente da República, Jair Bolsonaro, segue sendo um dos maiores propagandistas da cloroquina. Defensor ferrenho do medicamento, ele apresentou, nesse domingo (19/7), uma caixa do produto apoiadores que se aglomeravam em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília.

Após cumprimentar os simpatizantes, Bolsonaro retirou uma caixa do remédio do bolso e a exibiu para os presentes, que aplaudiram o medicamento, aos gritos de “cloroquina, cloroquina!”.

O vídeo foi transmitido ao vivo pelas redes sociais do presidente e o trecho da saudação ao remédio logo viralizou. “Vivi pra ver uma caixa de remédio ser tratada como o Simba do Rei Leão”, disse um usuário do Twitter, associando a cena a um trecho do deseho da Disney em que o personagem Rafiki ergue Simba e o apresenta aos seus súditos.

 

Outro internauta foi mais incisivo: “78 mil mortos e o Bolsonaro exibe cloroquina como se fosse um troféu e uma cura milagrosa”. Em 7 de julho, quando anunciou que havia contraído covid-19, Bolsonaro repetiu 17 vezes o nome do medicamento.

 

Na última quinta-feira, em sua live pelo Facebook, o presidente já havia causado polêmica ao dar uma declaração confusa sobre a cloroquina. “Ainda tem estado, eu pedi para a Saúde levantar, que está proibindo a tal da cloroquina. A hidroxicloroquina. Tá proibindo. Se não tem alternativa, por que proibir? ‘Ah, não tem comprovação científica que seja eficaz.’ Mas também não tem comprovação científica que não tem comprovação eficaz. Nem que não tem, nem que tem”, disse.

Neste domingo, o Brasil registrou 716 mortes por covid-19, elevando o total de óbitos para 79.488. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 24 horas foram confirmados 23.529 novos casos de coronavírus no Brasil. Com isso, o número total de infectados pela covid-19 chegou a 2.098.389. Deste total, 1.371.229 correspondem a pessoas que estão recuperadas e 647.672, ainda em acompanhamento.
Efeitos colaterais da cloroquina
Apesar da ‘campanha’ feita por Bolsonaro a favor da cloroquina e da ampliação de seu uso pelo Ministério da Saúde, inclusive para casos leves de covid-19, não há comprovação científica de que o medicamento tenha efeito no combate à doença causada pelo coronavírus.

Além disso, a cloroquina e a hidroxicloroquina podem causar efeitos colaterais graves como distúrbios de visão, irritação gastrointestinal, alterações cardiovasculares e neurológicas, cefaleia, fadiga, nervosismo, prurido, queda de cabelo e exantema cutâneo.

Correio Braziliense