MPF investigará deputado bolsonarista valentão
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A procuradora Monique Cheker, da Procuradoria da República em Petrópolis (RJ), abriu um inquérito civil para investigar se o deputado bolsonarista Daniel Silveira cometeu improbidade administrativa ao destinar R$ 110 mil de sua cota parlamentar para um escritório de advocacia da cidade.
No mês passado, a coluna perguntou a Silveira se ele teria algum comprovante de que os trabalhos foram de fato realizados — 11 consultorias para a formulação de projetos apresentados por ele, durante 11 meses, ao preço de R$ 10 mil mensais.
Mas Silveira não apresentou nenhuma comprovação. A Câmara não exige dos deputados nenhuma comprovação de que o trabalho foi de fato realizado, apenas a apresentação das notas para reembolso.
Silveira apresentou as notas, em cujo rodapé informava que ele pagou pelos serviços sempre em dinheiro vivo. Silveira não informou porque optou por essa maneira de pagamento.
O deputado também é investigado no inquérito dos atos antidemocráticos, no qual Alexandre de Moraes determinou a quebra de seu sigilo bancário.
A investigação de improbidade administrativa não corre no STF, porque o foro privilegiado se aplica apenas a crimes. Como a improbidade não é um crime, o inquérito tramitará na primeira instância da Justiça Federal.