PF acusa governador do MS
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No relatório em que indiciou o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), a Polícia Federal listou uma série de transações bancárias suspeitas envolvendo seus familiares. Contas da mãe, do irmão, da cunhada e de uma sobrinha do governador receberam repasses do frigorífico Buriti, que era abastecido com dinheiro de propina da JBS, segundo a investigação.
Em relação a dois pagamentos de R$ 25 mil para a mãe do governador, Zulmira Azambuja, o irmão do governador Reinaldo Azambuja, Roberto de Oliveira Silva Junior, afirmou que era ele o responsável por administrar os negócios. Silva Junior disse que o dinheiro recebido foi referente à venda de gado. Ele deu a mesma explicação para um pagamento de R$ 69,5 mil realizado em sua conta.
A justificativa não convenceu os investigadores. Para eles causou “estranheza” o fato de o repasse ter acontecido três meses antes da venda ser efetivada.
A sobrinha do governador Gabriela Azambuja também recebeu R$ 25 mil do frigorífico. Inicialmente, sua defesa disse que o dinheiro era referente também à venda de gado. Depois justificou que o valor estava relacionado a um empréstimo. A PF destacou que mais uma vez causou estranheza o pagamento ter sido feito um ano e um mês após a realização do suposto empréstimo sem juros nem correção.
Para os investigadores, há indícios de que os valores transferidos para contas de familiares de Azambuja têm relação com o esquema de corrupção delatado pela JBS. O irmão e a sobrinha de Azambuja foram indiciados por lavagem de dinheiro.
Ao Globo, Azambuja negou qualquer irregularidade.