PF fez ação contra deputada apesar de ela pedir oitiva
Foto: Reprodução
Uma série de e-mail trocados entre os advogados da deputada federal Rejane Dias e uma delegada da Polícia Federal mostram que há mais de cinco meses eles tentavam agendar uma oitiva da parlamentar com a instituição e não tiveram êxito. Rejane foi alvo de ação da PF na manhã desta segunda-feira (27) que cumpriu mandados no gabinete de Rejane em Brasília e na casa dela em Teresina.
Nas mensagens eletrônicas, os advogados mostram que a deputada se coloca à inteira disposição para prestar esclarecimentos, informando inclusive várias datas que poderiam ser utilizadas para uma sessão.
As tentativas duraram vários meses, sendo a mais recente já no dia 22 de julho. Nos e-mails, fica claro que os advogados também fizeram contatos por telefone, mas sem êxito. No dia 19 de fevereiro, um advogado faz referência ao contato telefônico e sugere o dia 12 de março para uma audiência em Brasília. A delegada da PF, Milena Caland, responde no dia seguinte confirmando ciência do pedido e prometendo confirmar a data ou propor uma nova.
No dia 2 de março, 11 dias após o primeiro e-mail, o advogado pergunta novamente se já havia uma confirmação de data. Contudo, a resposta da delegada só acontece mais 10 dias depois, em 12 de março, onde ela alegou estar com a caixa de e-mail cheia e não ter visto o novo pedido do advogado, inviabilizando a audiência que estava proposta para aquele dia.
Em um novo e-mail no dia 16 de março, o advogado novamente faz contato sugerindo cinco datas diferentes em que a deputada se coloca à disposição da polícia. Desta vez, a delegada informa que as audiências estariam suspensas devido a pandemia do novo coronavírus. Insistindo na colaboração, o advogado sugere que a oitiva seja feita por escrito.
A sequência de e-mails encerra com uma mensagem no dia 22 de julho, onde mais uma vez o advogado questiona sobre datas para oitivas e é ignorado.