PSL de SP nega reaproximação com Bolsonaro
Foto: Agência Câmara
Júnior Bozzella, deputado federal e presidente do PSL em São Paulo, negou reaproximação com o presidente Jair Bolsonaro, que deixou a sigla no ano passado após desavenças. Em entrevista ao Jornal da Manhã desta sexta-feira (17), o parlamentar reforçou que o PSL “segue independente”: “PSL enquanto partido tem dado respostas para a sociedade. Tentamos suspender os deputados que tentaram trazer prejuízos à sigla. Muitos deles envolvidos em rachadinhas, outros em inquéritos do STF, foram suspensos e expulsos. Essa história de reaproximação com o presidente é uma falácia, mais uma tentativa de distorcer a opinião pública, sempre fomos independentes, não tentamos reaproximação, quando o presidente da República se viu acuado, com medo do impeachment, com investigações no STF, ele fez uma tentativa de aproximação com o Centrão, loteando bilhões de reais dos cofres públicos.”
“No nosso discurso na campanha, que foi o porto seguro do presidente, rechaçamos o toma lá da c (…). Eu votei, como deputado, 98% a favor de medidas de governo, nunca precisei de cargo e emenda e continuaremos assim. Foi o Bolsonaro que procurou o PSL [nas eleições de 2018], não o contrário. Ele teve dificuldade para conquistar legenda. Patriotas e PSC o rejeitaram. Nada contra a figura, mas havia medo que ele se tornasse um cavalo de troia, por ser beligerante, eu acho uma característica ruim dele. Agora como representante do povo, poderia construir pontes e aprovar as reformas que o Brasil precisa”, completou.
O deputado ainda deixou claro que “nunca brigamos ou pedimos para que Bolsonaro saísse do partido. Insistimos para que o pessoal que cerca o presidente que baixasse a temperatura, para ajudar o presidente a governar.” De acordo com ele, o PSL “deu segurança jurídica para que Bolsonaro pudesse concorrer nas eleições.”
Segundo Bozzella, a briga de parte da sigla aconteceu por uma parcela de integrantes que desejava se aliar ao poder de Bolsonaro. “Quando as pessoas falam em racha, em crise, de ala fiel ao presidente, foi uma falsa narrativa, fake news, construída por ala radical que representa um setor da sociedade. Alguns deputados, por conveniência, querendo ficar próximos ao poder, até porque tudo o que o presidente falou sobre o PSL (…) era para colocar a milícia digital e robôs para atacar e destruir reputações. Esses movimentos já são alvos de inquéritos, se tornou habitual nessa ala radical que pertence ao partido e mostramos para a sociedade que o que fizeram foi para destruir. Tanto que o partido Aliança para o Brasil não se concretizou, eu disse que seria uma tragédia anunciada, mas aquelas pessoas que a qualquer custo querem ter acesso ao poder inventaram ao presidente que ele deveria ter um partido para atender a sua família.”