Witzel bate boca em depoimento no STJ
Foto: Gabriel de Paiva
Wilson Witzel já prestava depoimento havia mais de uma hora, na sexta-feira passada, quando os policiais federais e procuradores da PGR presentes receberam a decisão da STJ que determinava o adiamento daquela oitiva.
João Otávio de Noronha, presidente do tribunal e responsável pelo plantão da Corte, acolhera uma reclamação da defesa. Os advogados alegavam que não haviam tido acesso a trechos importantes do inquérito que investiga a suposta participação de Witzel no esquema de corrupção que tomou conta do governo fluminense.
O que fazer com as informações que Witzel já havia prestado até então? Deu-se um embate entre depoente e advogados contra os investigadores.
Procuradores e policiais pressionavam para que o governador assinasse o documento com o que dissera naquela pouco mais de uma hora.
Irritado, Witzel se recusava deixar sua rubrica. Ele e seus advogados sustentavam que a decisão de Noronha tornava o depoimento sem efeito e, por isso, não fazia sentido endossá-lo.
O clima esquentou. Depois de duas horas de bate-boca, no entanto, Witzel foi embora sem autografar coisa alguma. Um novo depoimento ainda será marcado, e tem tudo para ocorrer numa carga de tensão maior do que a vista no início da audiência interrompida.