Bolsonaro agredirá outros repórteres que perguntarem sobre 89 mil?
Foto: REUTERS/ADRIANO MACHADO
Jair Bolsonaro acordou novamente como o motor de uma crise no seu próprio governo.
Ao ameaçar um repórter que lhe perguntou sobre os depósitos de R$ 89 mil feitos na conta de Michelle, Bolsonaro preferiu ameaçá-lo, aposentando o “Jair paz e amor” dos últimos 67 dias. Afirmou que estava com vontade de “encher a boca” dele de porrada. Em seguida, Bolsonaro completou: “safado”.
Dois de seus ministros mais próximos, ouvidos ontem à noite, reconheceram o desastre do ocorrido ontem, mas disseram que não haviam falado com Bolsonaro. “Nessas horas, é melhor não ligar para ele e deixar as coisas esfriarem, disse um deles”. O outro preferiu dizer que hoje seria “o dia de tentar pacificar as coisas”.
Insistiram que o Jair Bolsonaro mais moderado não estava aposentado. Mas não conseguiram explicar de que modo ele conseguirá vestir esse figurino novamente depois do show de destempero de ontem.
E nem quiseram responder qual será a atitude de Bolsonaro em uma previsível, óbvia e obrigatória nova tentativa de um repórter de qualquer veículo perguntar a Bolsonaro em suas agendas públicas daqui para frente:
— Presidente Bolsonaro, porque sua mulher, Michelle, recebeu R$ 89 mil do Fabrício Queiroz?