Brasileiros “presos” no Peru precisam de nossa ajuda
Foto: Reprodução
A saga de um grupo de 198 brasileiros “presos” no Peru continua. Sem condições para se manter no país vizinho, eles enfrentam necessidades financeiras e pedem ajuda para retornar ao Brasil. No meio de muitas histórias, há quem perdeu o emprego por causa da pandemia de coronavírus e, agora, não tem onde morar nem como se alimentar.
A psicóloga brasileira Rosana Schiff, que reside no Peru, ficou sabendo da situação dos brasileiros e decidiu ajudá-los. Ela conta que conseguiu voos humanitários para outros grupos, mas que há ao menos 198 pessoas sem repatriação.
“Não há voos humanitários saindo do Peru para trazê-los e, no momento, há a alternativa de um voo fretado, mas ele custa US$ 385. Esse custo para essas pessoas é inviável”, explica.
“Tem pessoas nesse momento sem condições de se alimentar. Pessoas que estão no interior e que não conseguem nem chegar a Lima [capital do Peru]. Por isso, estamos pedindo que essas pessoas, em específico, tenham ajuda para voltar ao Brasil. Elas não conseguem pagar pelo voo”, lamentou a psicóloga.
Rosana conta ainda que o número de casos de coronavírus só aumenta e não há hospitais suficientes para atender as demandas. “Aqui, não tem hospitais. Não tem medicina gratuita. Não há condições de atender todas essas pessoas nesse momento. Por favor, tenha empatia e os ajude a retornar para casa”, pediu.
Alguns membros do grupo de brasileiros enviaram vídeos ao Metrópoles relatando as dificuldades de voltar para casa. Segundo a psicóloga Rosana, a intenção é que empresas de transporte se solidarizem e tentem buscá-los.
“Precisamos da sociedade brasileira, dos governos dos estados. Por favor, sejam solidários com essas pessoas. São famílias, crianças, idosos. Eles perderam tudo aqui”, disse Rosana.
O cozinheiro gaúcho Andrei Patrick saiu do Rio Grande do Sul rumo a Lima para trabalhar em um restaurante, em agosto do ano passado. Ele relata que perdeu o emprego, por causa da pandemia de coronavírus, e não consegue se manter no Peru.
“O restaurante em que eu estava trabalhando fechou. Estou desde março sem receber nada. Eu já não tenho mais como me manter aqui. Estou vivendo, de favor, na casa da mãe de um amigo meu, que abriu as portas para que eu tivesse onde ficar. Preciso muito voltar ao Brasil”, falou Andrei.
Para tentar bancar os custos das viagens das famílias que aguardam um voo humanitário para o Brasil, a psicóloga resolveu pedir ajuda. Ela colocou à disposição a conta bancária do filho, Leonardo Schiff. Quem quiser contribuir, pode doar qualquer quantia.
Leonardo Schiff Gualberto
Banco Bradesco
Agência: 3473
Conta-Corrente: 38267-1
O Metrópoles entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores para saber quais medidas serão tomadas para garantir o retorno dos brasileiros. Contudo, não obteve retorno. O espaço permanece aberto.