Doria diz que secretário não foi preso por atos de governo

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Foto: Alexandre Baldy Cristiano Mariz/VEJA

Após a prisão do secretário de Transportes Metropolitanos paulista, Alexandre Baldy, na manhã desta quinta-feira, 6, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que as investigações sobre o subordinado “não tem relação com a atual gestão” e “portanto, não há nenhuma implicação na sua atuação” à frente da secretaria.

“Na condição de governador de São Paulo, tenho convicção de que Baldy saberá esclarecer os acontecimentos e colaborar com a Justiça”, diz comunicado do tucano.

A Polícia Federal prendeu Alexandre Baldy temporariamente, pelo prazo de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco. A ordem de prisão foi assinada pelo juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.

Ex-ministro das Cidades do governo do ex-presidente Michel Temer e à frente da secretaria desde o início do governo Doria, em janeiro de 2019, Baldy é suspeito de participação em um suposto esquema de corrupção envolvendo a Organização Social Pró-Saúde, administradora de hospitais em Goiás, seu estado de origem. O secretário é filiado ao PP e a PF apreendeu 90.000 reais em dinheiro vivo em cofres em uma casa dele em Brasília.

“A partir da colaboração premiada de ex-diretores da organização social Pró-Saúde, foi elucidado o pagamento de vantagens indevidas para agentes que pudessem interceder em favor da OS em relação aos pagamentos do contrato de gestão do Hospital de Urgência da Região Sudoeste (HURSO), em Goiânia (GO), que foi administrado pela Pró-Saúde entre 2010 e 2017”, diz o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa do secretário afirma que ele “tem sua vida pautada pelo trabalho, correção e retidão” e classifica como “desnecessário e exagerado determinar uma prisão por supostos fatos de 2013, ocorridos em Goiás, dos quais Alexandre sequer participou”.

“Alexandre sempre esteve à disposição para esclarecer qualquer questão, jamais havendo sido questionado ou interrogado, com todos os seus bens declarados, inclusive os que são mencionados nesta situação. A medida é descabida e as providências para a sua revogação serão tomadas”, diz o comunicado.

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