Lula quer R$ 100 mil de delegado que repercutiu Palocci
Foto: Agência O GLOBO
A defesa de Lula usará um relatório da Polícia Federal sobre a delação do ex-ministro Antonio Palocci para reforçar um processo de danos morais que o líder petista move contra o delegado Felipe Pace. Foi Pace quem capitaneou em Curitiba o acordo delação do ex-ministro assinado em 2018.
O documento que será usado pela defesa de Lula é um relatório da semana passada feito pelo delegado da PF Marcelo Daher que conclui não haver provas contra o ex-presidente e o banco BTG Pactual no caso aberto com base nas revelações de Palocci.
Em 2016, os advogados de Lula entraram com um processo contra Pace, por danos morais, no valor de R$ 100 mil. A defesa questiona a atuação do delegado na investigação que mirou Palocci e Lula e que resultou no acordo de delação do ex-ministro.
O processo foi julgado improcedente pela 5ª. Vara Cível de São Bernardo do Campo, em 2018, e aguarda o julgamento da apelação pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
A defesa do petista também estuda uma maneira de usar o relatório do BTG no pedido de suspeição do ex-juiz Sergio Moro, quanto ao processo do sítio de Atibaia (SP). A delação do Palocci é um dos fundamentos que embasam a ação que o petista move no Supremo Tribunal Federal sobre o assunto.
– O resultado dessa investigação da PF sobre a delação do Palocci é mais uma prova de que a defesa técnica que fizemos do ex-presidente estava na direção correta e que ele foi vítima de lawfare (perseguição judicial), inclusive, com impacto relevante nas eleições presidenciais de 2018 – disse o advogado de Lula, Cristiano Zanin.