Major Olímpio sugere a Bolsonaro, Queiroz como “tesoureiro”
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil (22.jan.2019)
A disposição do presidente Jair Bolsonaro em se reconciliar com o PSL despertou a revolta da ala do partido brigada com o governo. Integrantes desse grupo admitem, nos bastidores, que há um acordo de paz em curso para suspender a punição de políticos bolsonaristas, ainda filiados ao PSL. Mas dizem que isso não se estende a Bolsonaro.
“Só falta o PSL ter que aceitar o Queiroz como tesoureiro”, afirmou o senador Major Olímpio, nesta manhã à CNN, em referência ao ex-assessor da família Bolsonaro, Fabrício Queiroz, que foi preso. “Teremos pelo novo Messias (uma referência ao nome de Bolsonaro) a segunda versão do milagre da multiplicação dos pães”, ironiza. Para o parlamentar, a legenda não admitiria Bolsonaro, assim como vetaria a filiação do ex-presidente Lula.
Outro opositor do clã Bolsonaro foi às redes sociais. “Agradecemos ao @jairbolsonaro o seu reconhecimento de que o @PSL_Nacional é um grande partido, de gente séria e equilibrada, ao solicitar o seu retorno para agremiação. Mas como um partido liberal e democrático, deputados acharam por bem não aceitar”, escreveu o presidente do PSL, em São Paulo, Junior Bozzella. Ele faz oposição direta a Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, que já comandou o diretório paulista.
A deputada Joice Hasselmann, que já nutriu da absoluta confiança do Planalto até ser expulsa da liderança de governo, cobrou um pedido de desculpas em suas redes.
“Assim como atacaram em público, que se desculpem em público, com dignidade e não com acordos entre quatro paredes”, disse.
Mais branda do que seus colegas de partido, Hasselmann afirmou que Bolsonaro não é pessoa non grata no PSL.