Pesquisa faz moderados ganharem força no governo
Foto: Carolina Antunes / Presidência da República
O presidente Jair Bolsonaro foi dormir na noite de quinta-feira com a notícia: a mais recente pesquisa do Datafolha mostra que a aprovação de seu governo voltou a crescer. Dos 32% pulou para 37%. E a reprovação caiu dez pontos percentuais: de 44% para 34%.
Ainda é preciso analisar os microdados da sondagem para saber se a mudança ocorreu de forma generalizada entre os pesquisados ou se algum setor da população ou região específica empurrou os dados do presidente para cima. Seja qual for a indicação, o resultado enche o peito de quem, no Executivo, passou a buzinar no ouvido de Bolsonaro que era hora de baixar o tom, buscar o diálogo e pôr o centrão para dentro do governo.
A boa nova do Datafolha para o presidente pode indicar ainda que não é só a aparente temperança que está refletindo em seus índices de popularidade. Está em curso um movimento que preocupa principalmente os petistas: o de Bolsonaro estar presente nas regiões mais pobres distribuindo recursos. Nem que seja para rebatizar o Bolsa Família e mostrar que agora o dinheiro que é dado tem a cara do presidente de então.
Mas o próprio presidente e os seus sabem que popularidade pode ir e vir a depender da onda que passa. A questão seria saber como tentar estimular o vento para soprar na direção que Bolsonaro precisa: a de 2022.