Presidente da Câmara promete mais privataria em 2021
Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira que a agenda de privatizações terá um papel melhor a partir de 2021 e que pretende focar, em seus últimos meses à frente da Casa, no pacote de reformas. Em fevereiro, os parlamentares escolhem novos membros para as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado.
“Minha opinião é que [a agenda de privatizações] vai ter um papel melhor a partir do próximo ano. Devemos focar no teto de gastos, na tributária e na administrativa. Não adianta arranjar receita extraordinária se não resolver a estrutura do estado e a simplificação do sistema tributário”, disse Maia, em entrevista a Rádio Guaíba, do Rio Grande do Sul.
O parlamentar do DEM avalia que há espaço para se avançar no pacote de reformas ainda neste ano. Ele voltou a cobrar o envio da reforma administrativa pelo presidente Jair Bolsonaro.
“A Câmara tem maioria consolidada de deputados e deputadas que compreende a necessidade das reformas tributária e administrativa. A primeira já está tramitando e a administrativa estamos esperando a decisão do presidente de encaminha-la. O meu sentimento é que há um bom espaço para que elas avancem neste ano”, afirmou.
Maia destacou ainda sobre a necessidade de se avançar com a proposta de emenda constitucional (PEC) que estabelece os gatilhos para o teto de gastos. Além de afirmar que o texto terá um debate complexo, ele demonstrou preocupação pelo fato de o governo sugerir o debate de vários temas dentro de uma mesma PEC.
Questionado sobre eventual candidatura dele ao comando da Câmara, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) autorize reeleição, Maia disse que sua intenção é entregar o cargo para um sucessor em fevereiro de 2021.
“A Constituição, da forma como está escrita, inviabiliza essa reeleição. Construí boa relação dentro da Casa desde a minha primeira eleição. Acho que Constituição vai num caminho, mas entendo as interpretações que queiram dar”, disse o deputado do DEM.
“Minha intenção é entregar a presidência da Câmara para meu sucessor em fevereiro de 2021. Cumpri bem meu papel e vamos trabalhar para termos um presidente que trabalhe na mesma linha, com outras virtudes e outros defeitos. Se eu quero tentar avançar nas reformas, introduzir meu nome no processo, eu mais atrapalho que me ajudo. Atrapalho, inclusive, a modernização do estado brasileiro”, completou.