PT vai ao Supremo contra despejo em quilombo
Foto: MST
O PT pediu para que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspenda o mandado de reintegração de posse da área do acampamento Quilombo Campo Grande, no sul de Minas Gerais. O local vive um conflito desde que a Polícia Militar tem tentado retirar cerca de 450 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que vivem no local.
No pedido, o partido afirma que se trata de “ato ilegal, arbitrário e desumano” e que contraria uma decisão do ministro do STF, que em maio determinou a suspensão de todos os processos judiciais de reintegração de posse e de anulação de demarcações de terras indígenas durante a pandemia de covid-19.
De acordo com o pedido, apesar dos apelos feitos ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), a ação de despejo foi iniciada na quarta-feira e “segue com cerca de duzentos policiais que se revezam em turnos, inclusive com denúncias de destruição de escolas e muita violência na retirada de famílias do local”.
O PT também aponta “riscos de agravamento dos conflitos e, em especial, o grave potencial de vulnerabilidade de crianças, idosos e toda a comunidade exposta à contaminação pelo coronavírus, dada as circunstâncias em que realiza-se a malfadada e ilegal operação de despejo”.