Senadores lavajatistas vão ao STF por Dallagnol
Foto: Rodolfo Buhrer/Fotoarena
Um grupo de parlamentares do Muda Senado apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) petições para impedir que avancem os processos contra Deltan Dallagnol no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
As peças foram juntadas ao pedido do procurador da Lava Jato na Corte, protocolado na segunda-feira, 11. Os argumentos seguem os mesmos da defesa de Dallagnol, que pede suspensão de dois casos contra ele: o de atuação político-partidária e o de remoção da força-tarefa.
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) é o autor das petições e os demais subscrevem-nas: Major Olímpio (PSL-SP), Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Lasier Martins (Podemos-RS), Mara Gabrilli (PSDB-SP) e Alvaro Dias (Podemos-PR).
As representações foram apresentadas pelos senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Katia Abreu (PP-TO), respectivamente. Hoje considerado o mais perigoso para o procurador, o de remoção está na pauta da próxima reunião.
No caso de atuação de Renan, Dallagnol é acusado de atuar politicamente em tuítes na sua conta pessoal contra a eleição do parlamentar para a mesa do Senado, ano passado.
Os senadores lavajatistas argumentam na petição que “tratou-se de importante exercício de seu papel de cidadão, ao alertar seus seguidores acerca da necessidade de se promover eleições transparentes naquela Casa”. Dallagnol defendia o voto aberto.
No processo da remoção, a petição dos senadores alega suspeição do conselheiro Luiz Fernando Bandeira, relator do caso. Ele ocupa a vaga do Senado no CNMP e é secretário-geral da Mesa.
No ano passado, Bandeira chegou a se encontrar com os senadores justamente para tratar disso. Alegou que tem tanta legitimidade quanto qualquer outro conselheiro. Disse ainda que, se ele é suspeito porque o caso foi apresentado por um senador, então os demais conselheiros do MP são suspeitos por estarem relatando um caso de um colega.