Sobreviventes de Hiroshima encenam tragédia
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No dia 6 de agosto de 1945, precisamente às 8h15, hora do Japão, quando a bomba atômica explodiu sobre Hiroshima, a garotinha Junko Watanabe aproveitava a manhã de verão para brincar ao ar livre.
Nesse exato momento, o menino Kunihiko Bonkohara acompanhava o pai no trabalho, de pé, em frente a uma mesa de escritório. E o policial Takashi Morita caminhava acompanhado de 12 auxiliares que ajudariam a construir um abrigo antiaéreo.
Mais de 130 mil pessoas foram mortas pela bomba atômica. Watanabe, Bonkohara e Morita são alguns dos sobreviventes e, até hoje, questionam-se por que estão vivos, enquanto tantos outros morreram. Os três “hibakusha” —vítimas da bomba, em japonês— moram atualmente em São Paulo.
Há sete anos, Watanabe, Bonkohara e Morita passaram a encenar suas histórias no espetáculo “Sobreviventes pela Paz”, dirigido por Rogério Nagai, 42. A peça teatral integra um projeto que, desde 2016, também leva palestras a estudantes e hoje inclui relatos de sobreviventes do Holocausto.
Redação com Folha