Vice-presidente do novo partido de Bolsonaro faz planos

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Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO

A despeito das recaídas de Jair Bolsonaro, o vice-presidente do Aliança pelo Brasil, Luís Felipe Belmonte, diz que nada muda em sua cruzada para colocar em pé o novo partido. “Não estou preocupado, porque tenho orientação do presidente, e essa orientação não foi mudada.” Bolsonaro anda dando sinais de querer retomar a relação com o PSL, mas dirigentes do Aliança ainda têm expectativa de oficializar o novo partido em 2020. Será difícil: das quase 160 mil assinaturas entregues, 19,5 mil foram reconhecidas como válidas (4% do necessário).

Segundo dados do TSE desta semana, 4 mil aguardam análise, 1,2 mil estão em prazo para impugnação, 29 mil não foram validadas e 94 mil aguardam ficha de apoiamento do partido.

Os críticos dessa reaproximação de Bolsonaro com o PSL dizem que o “flerte” pode confundir a militância. Mas interlocutores próximos do presidente afirmam que o sonho de criar o Aliança pelo Brasil ainda não acabou.

O sistema PJE (Processo Judicial Eletrônico) já tem sido usado em Santa Catarina, Bahia e Pernambuco. A ideia é replicá-lo nos demais Estados.

Apesar de Bolsonaro ter voltado a negociar um possível retorno ao antigo lar, seus filhos Carlos e Flávio ainda não sinalizaram ao Republicanos, sigla que os acolheu após o rompimento com o PSL, a intenção de seguir o pai.

É pouco provável, porém, que ocorra uma cizânia na família.

Parlamentares da chamada ala “bivarista”, que se opuseram ao presidente dentro do PSL, afirmam que as conversas sobre a volta dele ao partido provam que as denúncias de que havia uma “caixa-preta” na sigla são furadas.

Estadão