Autor de música roubada pela Secom não quer dinheiro de Bolsonaro
Foto: Reprodução
A Secretaria de Comunicação do Governo (Secom) se retratou na manhã desta segunda-feira (7), após usar, sem autorização do autor, uma música numa peça publicitária protagonizada pelo secretário de Cultura, Mário Frias.
Na mesma publicação em que divulgou o vídeo sobre “heróis brasileiros”, a Secom acrescentou, na manhã de hoje, a informação de que a trilha sonora foi composta por Scott Buckley. Foi uma reação a uma publicação feita pelo próprio autor no Twitter.
“Ei, não, nenhuma licença foi paga por este uso. Eles apenas usaram. Definitivamente, não apoio suas opiniões políticas e nem quero seu dinheiro. Essa é outra desvantagem de divulgar minhas músicas gratuitamente”, escreveu Buckley. O autor mencionou ainda que o fato de divulgar suas canções de forma livre, por meio de “creative commons” – um tipo de licença mais flexível e aberta que os tradicionais direitos autorais – não significa que possam omitir a sua autoria.
Buckley voltou às redes para dizer que havia sido informado que a Secom citou seu crédito nesta segunda-feira. O vídeo foi alvo de uma sátira do humorista Marcelo Adnet, o que gerou reação da própria Secom e de Mário Frias.
Adnet passou a ser alvo de ataques do governo e seus apoiadores pela piada. Ontem, dia de seu aniversário, ele fez uma postagem para agradecer aos gestos de carinho que recebeu. “Obrigado por todo o carinho pelos 39 anos hoje completos e pelas manifestações de solidariedade pelo ataque patético do Governo Federal.”