Desavença entre Lula e Ciro influirá na eleição em Fortaleza
Foto: Jarbas Oliveira
A segurança pública, com o desafio da disputa entre facções criminosas, deve protagonizar novamente a campanha eleitoral para a Prefeitura de Fortaleza.
Como em 2016, o principal candidato da oposição será o policial militar reformado Capitão Wagner (Pros). O atual prefeito, Roberto Cláudio (PDT), em seu segundo mandato, é ligado ao grupo dos irmãos Cid e Ciro Gomes e ao PT do governador Camilo Santana.
“A nossa ideia é auditar todas as contas do município na saúde, na infraestrutura e na educação. Tem muitos gastos que colocam em dúvida a efetiva alocação desses recursos. Tem muita coisa utilizada de forma equivocada”, disse Capitão Wagner na convenção que confirmou sua candidatura.
O discurso mostra que o deputado federal tentará ampliar sua agenda, abordando temas como saúde e educação, mas o aumento dos homicídios no Ceará de 2019 para 2020 deve pautar boa parte do debate nos próximos dois meses.
A animosidade nacional entre PT e PDT durante e após a eleição presidencial de 2018, com o candidato Ciro Gomes (PDT) evitando apoio público a Fernando Haddad (PT) no segundo turno contra Jair Bolsonaro (sem partido), e recentes atritos entre os Gomes e o ex-presidente Lula deixaram sequelas na capital cearense.
Camilo Santana, da ala moderada do PT e aliado dos Gomes no Ceará, tentou unir os partidos já no primeiro turno, mas não conseguiu.
Redação com Folha