Partido de Igreja quer se afastar dela

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Foto: Jorge William / Agência O Globo

Apesar de a proximidade com a Igreja Universal render créditos num período de ascensão das denominações neopentecostais na política, o Republicanos (antigo PRB), criado em 2005, quer desvencilhar-se da imagem de partido a serviço de Edir Macedo para tentar postular-se como conservador.

A sigla tem adotado um discurso à direita, colado à imagem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e se mantendo neutra em relação à igreja. Os filhos do presidente, Carlos (vereador no Rio) e Flávio (senador), além da ex-mulher Rogéria Bolsonaro, se filiaram ao partido. O zero quatro, Jair Renan, também já ouviu que, caso decida entrar para a política, será bem-vindo na sigla.

A estratégia ocorre no momento em que um dos expoentes da legenda, o prefeito carioca, Marcelo Crivella, é investigado pelo Ministério Público. O caso mostra o empresário Rafael Alves, filiado ao Republicanos e ligado a contraventores, como um dos nomes de maior influência no governo municipal.

Segundo os investigadores, Alves cuidava de pagamentos e nomeações em um cardápio variado de serviços, desde a iluminação pública até o turismo. Um de seus principais aliados nessa atividade transversal na máquina pública era, ainda segundo o MP, Mauro Macedo, tesoureiro de Crivella nas últimas campanhas eleitorais e primo de Edir Macedo.

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