Pastor Everaldo diz não saber por que está preso

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Foto: Marcia Foletto/Agência O Globo

Pastor Everaldo, que até semana passada ocupava a presidência nacional do PSC, afirmou nesta quarta-feira por meio de sua assessoria, desconhecer os motivos que levaram à Justiça a prorrogar sua prisão temporária. O político foi preso na semana passada pela Polícia Federal (PF) na operação Tris in Idem, desdobramento da Operação Placebo, que investiga suposto esquema de corrupção em contratos públicos do governo estadual do Rio de Janeiro.

“O Pastor Everaldo desconhece, até o momento, os motivos da prorrogação da sua prisão temporária, pois ainda não teve acesso à decisão”, informou a assessoria, segundo comunicado veiculado há pouco. “Ele reitera que sua prisão é desnecessária, uma vez que sempre esteve à disposição de todas as autoridades. Pastor Everaldo reafirma sua confiança na Justiça e sua fé em Deus”, termina a nota à imprensa.

O PSC também divulgou posicionamento sobre o tema, no qual defende o político e classifica a detenção em regime fechado também como “desnecessária” e fala em “criminalização de políticos”. “O Partido Social Cristão considera desnecessária a manutenção da prisão do Pastor Everaldo. Por meio da defesa, ele vem se colocando sistematicamente à disposição da Justiça, além de ter endereço fixo e conhecido”, afirmou a legenda. “O PSC reitera sua confiança na Justiça, entretanto a criminalização dos políticos enfraquece a democracia” pontuou o partido, em sua nota.

Na semana passada, o partido informou que, com a prisão do Pastor Everaldo, o ex-senador e ex-deputado Marcondes Gadelha, vice-presidente nacional do PSC, assumiu provisoriamente a presidência da legenda.

A ação que prendeu o político também incluiu afastamento de Wilson Witzel (PSC) do cargo de governador do Estado – assumido agora pelo vice-governador, Claudio Castro (PSC). O afastamento foi autorizado por decisão monocrática do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), do ministro Benedito Gonçalves, e deve ser discutida hoje pela Corte Especial do órgão.

Valor Econômico