Trump apela à baixaria contra adversários
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O presidente Donald Trump costuma fazer bullying com os adversários nas redes sociais, dando-lhes apelidos depreciativos, como “Joe Dorminhoco”, ou usando termos agressivos como “perdedores”, “mentirosos” e “otários”. Mas o feitiço se voltou contra o feiticeiro na semana que passou.
Uma reportagem da revista “The Atlantic” relata que Trump se recusou em 2018 a visitar um cemitério em Paris onde jazem americanos que morreram na Primeira Guerra Mundial. Segundo o artigo, o presidente teria cancelado a visita por considerá-los “perdedores” (losers, em inglês) e “otários” (suckers). Na época, o presidente alegou mau tempo.
Segundo a revista, Trump ofendeu o senador republicano John McCain quando que ele morreu, em agosto de 2018. Na época, ele teria ficado contrariado ao ver bandeiras americanas na Casa Branca baixadas a meio mastro e teria dito que não honraria McCain porque “o cara era um maldito perdedor”. Candidato derrotado a presidente em 2008, McCain foi um piloto da Marinha capturado na Guerra do Vietnã.
No meio da atual campanha da eleitoral, a reportagem teve péssima repercussão num país em que os militares são idolatrados por seus sacrifícios em guerras. O artigo obrigou Trump a dar entrevistas na quinta e na sexta para negar que tivesse se referido aos militares mortos de forma depreciativa. “São heróis”, disse o presidente.